Dezembro
é o mês de combate e prevenção ao câncer de pele, faz três anos que a Sociedade
Brasileira de Dermatologia colore o Brasil de Laranja contra o câncer de maior
incidência no mundo.
Segundo o
Instituto Nacional do Câncer (INCA), a cada ano, cerca de 140 mil casos novos
acometem os brasileiros, atingindo 25% de todos os diagnósticos de câncer no
Brasil.
O tipo
mais comum, o não melanoma, tem letalidade baixa, mas os números alarmam os
especialistas. A exposição excessiva ao sol é a principal causa da
doença. Nos Estados Unidos estimam-se dois milhões de casos novos a cada
ano.
Essa
doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que
compõem a pele, estas células se dispõem em camadas e, de acordo com a camada
afetada, definimos os diferentes tipos de câncer.
Os mais comuns são os carcinomas basocelulares
e espinocelulares, o mais raro e letal dos carcinomas é o melanoma, tipo mais
agressivo de câncer da pele.
Os raios
ultravioletas é o principal responsável pelo desenvolvimento de tumores
cutâneos, e a maioria dos casos está associada á exposição excessiva ao sol ou
ao uso de câmaras de bronzeamento.
Apesar da
incidência elevada, o câncer da pele não melanoma tem baixa letalidade e pode
ser curado com facilidade se detectado precocemente.
Tipos:
Carcinoma basocelular (CBC)- É o mais prevalente
dentre todos os tipos de câncer, surge nas células basais, que se encontram na
camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele). Tem baixa letalidade,
e pode ser curado em caso de detecção precoce. São mais frequentemente em
regiões mais expostas ao sol, como: face, orelhas, pescoço, couro
cabeludo, ombros e costas.
Carcinoma espinocelular (CEC)- É o segundo mais
prevalente dentre todos os tipos de câncer, acomete as células escamosas, que
constituem a maior parte das camadas superiores da pele. Pode se desenvolver em
todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol,
como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc. O CEC é duas vezes mais
frequente em homens do que em mulheres.
Melanoma - Tem o pior prognóstico e o mais alto
índice de mortalidade. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo
e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando o
diagnóstico é feito precocemente. Sua aparência é de uma pinta ou de um sinal
na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos.
Fatores de risco:
ü Exposição
solar.
ü Idade
e sexo.
ü Características
da pele.
ü Histórico
familiar.
ü Histórico
pessoal.
ü Imunidade
diminuída.
Sinais e Sintomas
CBC:
ü Tem
aparência perolada, como se fosse recoberto de cera.
ü Pode
ser branca, rosa claro, bege ou marrom.
ü Sangra
com facilidade.
ü Se
parece com uma ferida que não cicatriza.
ü Pode
formar crosta e vazar algum líquido.
Espinocelular:
ü Mostra
sinais de dano solar na pele, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda
de elasticidade.
ü Tem
cor avermelhada.
ü Tem
aparência mais endurecida, com descamação e crostas no local, podendo vazar
algum líquido.
ü Tem
crescimento rápido (em geral meses).
ü Se
parece com uma ferida que não cicatriza.
Melanoma:
ü Mudança
em uma mancha ou pinta existente.
ü O
desenvolvimento de uma nova mancha ou pinta bem pigmentada ou de aparência
incomum em sua pele.
ü Outras
mudanças suspeitas podem incluir coceira, comichão, sangramento e a não
cicatrização da área.
O
diagnóstico é feito pela avaliação clínica e exames de dermatoscopia,
microscopia e biópsia do tecido suspeito.
SAIBA MAIS:
Existe uma regra didática para os pacientes, chamada
ABCD, cujo objetivo é reconhecer um câncer de pele em seu estágio inicial:
ü Assimetria:
imagine uma divisão no meio da pinta e verifique se os dois lados são iguais.
Se apresentarem diferenças deve ser investigado
ü Bordas
irregulares: verifique se a borda está irregular, serrilhada, não uniforme.
ü Cor:
verificar se há várias cores misturadas em uma mesma pinta ou mancha
ü Diâmetro:
veja se a pinta ou mancha está crescendo progressivamente.
Utilize chapéu, camiseta e protetor solar.
Evitar a exposição solar e permanecer na sombra
entre 10 e 16h (horário de verão).
Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de
algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de
nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o
material.
Use filtros solares diariamente que tenham no mínimo
um fator de proteção solar 30.
Reaplique o produto a cada duas horas ou menos, nas
atividades de lazer ao ar livre.
Observe regularmente a própria pele, à procura de
pintas ou manchas suspeitas.
Procure um dermatologista.
Comentários
Postar um comentário