Produtos originados a partir da degradação enzimática dos glicosinolatos encontrados em vegetais crucíferos possuem propriedades antioxidantes, antiteratogênicas e moduladores do metabolismo estrogênico.
Os indóis por si só não são efetivos, quando em contato com o ácido gástrico é ativado produzindo os metabólitos responsáveis pelo aumento da apoptose celular nas células cancerígenas, além de inibir o crescimento de linhagens tumorais.
Já os isotiocianatos necessitam ser reduzidos a partir dos seus precursores, os glucosinolatos, conferindo proteção celular contra o estresse oxidativo, além de ativarem algumas enzimas de destoxificação hepática.
Outros benefícios:
- Protetor contra o câncer de mama, endometrial, cervical e próstata
- Quimioprevenção de tumores malignos gastrintestinais
- Auxilia na Papilomatose Respiratória Recorrente
- Atividade antiaterogênica
- O Indól 3C tem se mostrado um varredor de radicais livres (efeito “scavenger”)
- Aumenta a habilidade do fígado no processo de eliminação de substâncias tóxicas e perigosas
- Mecanismo de ação aos metabólitos estrogênicos (estrogênico 2-hidroxiestrona)
- O I3C tem demonstrado aumentar a proporção de 2-hidroxiestrona em relação a 16-alfa-hidroxiestrona
- Inibe também a 4-hidroxilação do estradiol
- A 2- hidroxiestrona inibe a oxidação de lipoproteínas de baixa densidade (LDL)
- Isto indica que o indol-3-carbinol tem atividade antioxidante indireta.
- Parece também inibir a proliferação da musculatura lisa.
SAIBA MAIS:
- A clivagem dos glicosinolatos é realizada pela enzima mirosinase.
- Somente é ativada após a lesão da planta durante colheita, preparação de alimentos e mastigação.
- A microbiota intestinal também é capaz de transformar os glicosinolatos em isotiocianatos.
- Vários fatores devem ser considerados para maximizar o aporte de isotiocianatos e índóis oferecido pelo legume crucífero.
- É importante notar que os glicosinolatos são muito solúveis em água.
- Cozimento com muita água em apenas dez minutos de fervura, reduz pela metade a quantidade de glicosinolatos.
- A atividade da mirosinase é muito sensível ao calor.
- É preferível cozinhar as crucíferas o menos possível e com um mínimo de líquido.
- A melhor forma de aproveitar ao máximo os glicosinolatos é através de comê-los cru, ou cozinhando-os no vapor.
- Técnicas de cozimento rápido a vapor, ou ainda o refogado no wok, são maneiras práticas de maximizar a quantidade dessas moléculas.
- Produtos congelados sofrem redução tanto do seu conteúdo de glicosinolatos quanto da atividade da mirosinase.
- Mastigue bem os legumes antes de engoli-los.
- A dosagem usual para administração oral de I3C varia de 200 a 800 mg/dia
Alimentos ricos de glicosinolatos em porção de 100g:
- Couve de Bruxelas – 237mg
- Couve comum – 201mg
- Agrião – 95mg
- Nabo – 93mg
- Repolho – 65mg
- Brócolis – 62mg
- Couve flor – 43mg
- Couve chinesa – 54mg
- Mostarda – 39mg
- Raiz forte – 37mg
- Rabanete – 85mg
- Acelga – 92mg
- Mamão – 63mg
Obesidade A obesidade tem como causa a ingestão de alimento maior do que o organismo pode metabolizar, levando ao acúmulo na forma de gordura em reserva corporal. O método mais utilizado no meio científico para a classificação de obesidade é o IMC (índice de massa corpórea) que corresponde ao peso dividido pela altura vezes altura. A classificação do IMC é feita da seguinte maneira: 20 a 25 (peso ideal), 25 a 30 (sobrepeso), 30 a 35 (obesidade moderada ou grau 1), 35 a 40 (obesidade importante ou grau 2), 40 a 50 (obesidade mórbida ou grau 3), mais de 50 (obesidade severa). Pessoas com obesidade mórbida têm mais chance de desenvolver doenças como diabetes, hipertensão, infarto, cálculos de vesícula, trombose, irregularidade menstrual e dificuldade de engravidar, assim como maior risco de desenvolver alguns tipos de câncer. Para evitar esses problemas, está ocorrendo uma popularização das cirurgias bariátricas, conhecidas como cirurgias de redução do estômago, às vezes até sem indi...
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