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ALZHEIMER

Doença degenerativa, progressiva que compromete o cérebro causando a diminuição da memória, dificuldade no raciocínio, pensamento e alterações comportamentais. Manifesta-se a partir dos 40 anos de idade e depois dos 60 sua incidência se intensifica. O grau de comprometimento varia de paciente para paciente e também de acordo com o tempo de evolução da doença, na fase final o paciente torna-se totalmente dependente de cuidados. Cerca de 4.5 milhões de americanos, atualmente, são portadores de DA, que é responsável por 100.000 óbitos por ano sendo a quarta causa de morte em adultos. No Brasil, não temos dados estatísticos concretos sobre a doença, porém podemos afirmar que a presença da Alzheimer também é significativa em nosso país atingindo cerca de 1.2 milhões de brasileiros. A partir dos 65 anos de 10 a 15% dessa população será afetada e que após os 85 anos praticamente a metade dos indivíduos apresentará a doença. Se aceita que seja uma doença idade-dependente, à medida que a idade avança maior é a probabilidade de sua ocorrência. Parece claro que a doença não tem uma única causa, sendo provavelmente devida a uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Estudos sugerem fortemente que as mulheres sejam mais afetadas do que homens, mas como a expectativa de vida das mulheres é pelo menos cinco anos maior que dos homens essa correlação ainda precisa ser estatisticamente ajustada e melhor esclarecida. Outros possíveis fatores de risco têm sido estudados, porém com pouco resultado prático como: exposição ou ingestão de substâncias tóxicas como álcool, alumínio, chumbo, e solventes orgânicos, medicamentos diversos, trauma craniano, exposição à radiação, estilo de vida, estresse, infecções, doenças imunológicas e câncer. Fatores de Risco: O único fator de risco bem conhecido e aceito universalmente é a idade. Sinais e Sintomas: - Perda gradual da memória, - Declínio no desempenho para tarefas cotidianas, - Diminuição do senso crítico, - Desorientação tempo-espacial, - Mudança na personalidade, - Dificuldade no aprendizado, - Dificuldades na área da comunicação. SAIBA MAIS: Declínio progressivo da memória e de outra função mental, sem alteração de consciência. Sintomas iniciais entre 40 e 90 anos de idade. Ausência de outras condições que justifiquem o quadro demencial. Demência confirmada por avaliação clínica e neuropsicológica. TRABALHO: Talvez a maior perda que o individuo possa sofrer seja quando é afastado compulsoriamente de seu trabalho. Vários fatores vão determinar de que maneira esse afastamento será realizado, porém a melhor estratégia, se possível, é a preparação. DIRIGIR: essa atividade é perigosa e deve ser restringido, apesar de o paciente aparentar auto-suficiência, dirigir é um ato complexo, dependente de reflexos, rápidas tomadas de decisão etc., que invariavelmente estão comprometidos em maior ou menor grau. DINHEIRO: O controle do dinheiro e dos seus bens é importante e traduz sentimentos de independência e de senso de responsabilidade. Desta maneira, é fundamental para o paciente que essa transição seja suavemente administrada. OBJETOS PERIGOSOS: Devem ser removidos especialmente os pontiagudos, cortantes, quebráveis ou pesados. Ferramentas, lápis, objetos de vidro e cerâmica, pequenos objetos como alfinetes, agulhas, botões, moedas etc. passíveis de serem engolidos. QUARTO: As camas convencionais facilitam as saídas espontâneas e, por serem mais baixas, minimizam os efeitos de uma eventual queda. BANHEIRO: Medicações e produtos tóxicos devem ser removidos e guardados em local seguro e trancado. Tesouras, lâminas de barbear, lixas metálicas e outros objetos potencialmente perigosos COZINHA: Nesse ambiente encontramos materiais tóxicos de limpeza, pisos escorregadios, panelas com alimentos quentes, os bicos de gás, a chama do fogão entre outros perigos como liquidificadores etc. Fornos, bujão de gás, facas e objetos cortantes, objetos quebráveis como copos e louças em geral devem estar em local seguro e completamente fora do alcance do paciente. Só devem estar à mão acessórios que não ofereçam perigo potencial. ESCADAS: Os dormitórios costumam ocupar o piso superior e as áreas de convívio, o piso inferior. Essa ligação, promovida pelas escadas é sede freqüente de acidentes graves. BANHO: Aparentemente uma atividade comum e de fácil realização, pode causar no cotidiano uns momentos complexos, perigosos e estressantes. ROUPAS: Devem ser limitadas a poucas peças e serem dispostas na ordem na qual serão vestidas. HIGIENE ORAL: Os dentes devem ser escovados e as próteses devidamente limpas após cada refeição. MÃOS E UNHAS: A manutenção de mãos limpas e unhas aparadas previnem complicações CABELOS: Independente do sexo do paciente, os cabelos devem ser preferencialmente curtos e lavados pelo menos duas vezes por semana. ALIMENTAÇÃO: É uma atividade essencial a nossa sobrevivência e normalmente responsável por grandes transtornos no cotidiano com o paciente demenciado, deve ser planejada adequadamente, na tentativa de que seja uma atividade agradável. Se o paciente se perder mantenha a calma, procure no bairro, pergunte aos vizinhos. Se após isso o paciente não for encontrado, dirija-se à delegacia do bairro para comunicar o desaparecimento, pois assim os mecanismos necessários para encontrá-lo serão acionados. Tenha uma foto à mão para poder pedir informação e solicitar auxílio de forma objetiva. Após isso reavalie porque aconteceu: Houve alguma modificação no ambiente, estaria o paciente excessivamente pressionado, foi lhe pedida alguma coisa que, não podendo atender, o fez sentir-se constrangido, frustrado, angustiado? Após encontrá-lo, sair para dar um passeio, escolhendo um itinerário bem definido e mostrando-lhe algum ponto de referência será salutar e muitas vezes de efeito extremamente didático e calmante. Além de se criar um determinado hábito, o itinerário percorrido poderá ser o caminho instintivamente escolhido por ele, na ocorrência de outro acidente No caso de sintomas similares procure um médico.

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