Dislexia
Transtorno do aprendizado abrangendo a leitura, escrita, soletração ou suas combinações, com origem genético-hereditária acomete indivíduos que tenham familiares com problemas fonológicos. Essas alterações ocorrem em cromossomos específicos 6/ 1/ 2/ 15, ocasionando interrupção ou malformação nas conexões cerebrais que ligam zonas anteriores (lobo frontal) com zonas mais posteriores (lobo parietal e occipital) do córtex cerebral. Podem ser divididas em: Central — ocorre o comprometimento do processamento linguístico dos estímulos, ou seja, alterações no processo de conversão da ortografia para fonologia. Periférica — acomete o sistema de análise visual-perceptiva para leitura, havendo prejuízos na compreensão do material lido. De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno acomete de 0,5% a 17% da população mundial, podendo se manifestar em pessoas com inteligência normal ou mesmo superiores e persistir na vida adulta. Fatores de risco: — Déficits cognitivos. — Fatores neurológicos (neuroanatômicos e neurofisiológicos). — Prematuridade e baixo peso ao nascimento. — Influências genéticas e ambientais. Sinais e Sintomas: — Atraso na aquisição da fala. — Atraso no desenvolvimento motor como engatinhar, sentar e andar. — Não entende o que ouve. — Hiperativa ou hipoativa. — Dificuldade em ler e escrever, inventando, acrescentando ou omitindo palavras. — Dificuldade em compreender textos. — Dificuldade em se concentrar. — Não gosta de ler em voz alta. — Esquece facilmente o que aprende. — Confusão entre esquerda e direita, cima e baixo, frente e atrás. — Dificuldade em soletrar. — Escrita lenta, ilegível e desordenada. — Dificuldade no cálculo mental e na gestão do tempo. — Necessidade de reler várias vezes o mesmo texto para compreender. — Confusão em relação à pontuação e gramática; — Dificuldade no planejamento, organização e manejo do tempo ou tarefas.
O diagnóstico é realizado por uma equipe multidisciplinar (médico, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo e neurologista), descartando ocorrência de deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção, escolarização inadequada, problemas emocionais, psicológicos e socioeconômicos que possam interferir na aprendizagem. SAIBA MAIS: — Entre as dislexias centrais, ressaltam-se a fonológica, a de superfície e a profunda; já as dislexias periféricas incluem a dislexia atencional, a por negligência e a literal. — Nas dislexias de desenvolvimento, as mais comuns são a dislexia fonológica e a de superfície e a dislexia semântica (caracteriza-se pela preservação da leitura em voz alta, sem erros de decodificação (fonema-grafema), porém com pobreza na compreensão da escrita). — Vale lembrar que uma criança que tenha um genitor disléxico apresenta um risco importante de apresentar dislexia, sendo que 23 a 65 % delas apresenta o distúrbio. — Distúrbio (ou transtorno) do aprendizado mais frequentemente identificado na sala de aula. — No Brasil, cerca de 40% das crianças em séries iniciais de alfabetização apresentam dificuldades escolares, enquanto que em países mais desenvolvidos a porcentagem não chega a 20%. — Sabe-se que se um aluno com dificuldades de aprendizagem for bem conduzido pelos profissionais de saúde e educação, em conjunto com a família, poderá obter êxito nos resultados escolares. — Crianças de famílias que têm história da dislexia poderão ser testadas. — Se tiverem o risco genético podem ser colocadas em programas precoces de intervenção. — É importante estabelecer o diagnóstico para evitar reflexos negativos sobre sua autoestima e projeto de vida.
Obesidade A obesidade tem como causa a ingestão de alimento maior do que o organismo pode metabolizar, levando ao acúmulo na forma de gordura em reserva corporal. O método mais utilizado no meio científico para a classificação de obesidade é o IMC (índice de massa corpórea) que corresponde ao peso dividido pela altura vezes altura. A classificação do IMC é feita da seguinte maneira: 20 a 25 (peso ideal), 25 a 30 (sobrepeso), 30 a 35 (obesidade moderada ou grau 1), 35 a 40 (obesidade importante ou grau 2), 40 a 50 (obesidade mórbida ou grau 3), mais de 50 (obesidade severa). Pessoas com obesidade mórbida têm mais chance de desenvolver doenças como diabetes, hipertensão, infarto, cálculos de vesícula, trombose, irregularidade menstrual e dificuldade de engravidar, assim como maior risco de desenvolver alguns tipos de câncer. Para evitar esses problemas, está ocorrendo uma popularização das cirurgias bariátricas, conhecidas como cirurgias de redução do estômago, às vezes até sem indi...
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